terça-feira, 7 de junho de 2011

Plantas Aquáticas

Vitória-régia (Victoria amazonica)


     A vitória-régia ou victória-régia é uma planta aquática da família Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distruibuídos em sua superfície.
     Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho) é branca e abre apenas à noite, a partir das seis horas da tarde, e expelem uma divina fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de "rosa lacustre". Mantem-se aberta até aproximadamente as nove horas da manhã do dia seguinte. No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (cyclocefalo casteneaea), que a adentram e nelas ficam prisioneiros. Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios)em que é possível controlar o tamanho dos pratos e com isso é muito usada no paisagismo urbano tanto em grandes lagos e pequenos espelhos d'água.
                                                                                           


     Outros nomes: irupé (guarani), uapé, aguapé (tupi), aguapé-assú, jaçanã, nampé, forno-de-jaçanã, rainha-dos-lagos, milho-d'água e cará-d'água. Os ingleses que deram o nome Vitória em homenagem à rainha, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica Robert Herman Schomburgk levou suas sementes para os jardins do palácio inglês. O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos índios como tintura negra para os cabelos. Também utilizada como folha sagrada nos rituais da cultura afro brasileira e denominado como Oxibata.




     A lenda da vitória-régia é uma lenda brasileira de origem indígena tupi-gurani.
     Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua (Jaci, para os índios) era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia - as cunhantãs-moças. Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferência e as transformava em estrelas no firmamento.
     Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada por Jaci. Os anciãos da tribo alertavam Naiá: depois de seu encontro com a sedutora deusa, as moças perdiam seu sangue e sua carne, tornando-se luz - viravam as estrelas do céu. Mas quem a impediria? Naiá queria porque queria ser levada pela lua. À noite, cavalgava pelas montanhas atrás dela, sem nunca alcançá-la. Todas as noites eram assim, e a jovem índia definhava, sonhando com o encontro, sem desistir. Não comia e nem bebia nada. Tão obcecada ficou que não havia pajé que lhe desse jeito.
     Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem da deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem india, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta  vitória-régia. Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do Sol ficam rosadas.


Fonte de Imagens: CARNEIRO, O. L. G. 

Nome Científico: Cyperus giganteus
Nome Popular: Papiro-brasileiro, papiro
Família: Cyperaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

Curiosidades

Engana-se quem acredita que este é o papiro utilizado pelos egípcios. Na verdade esta planta é brasileira, mas é muito parecida com o Cyperus papyrus, o papiro verdadeiro. O papiro-brasileiro é uma excelente planta palustre, isto é, adapta-se e cria um efeito excelente na beira de laguinhos, fontes e espelhos de água. Ela apresenta hastes longas com uma cabeleira de folhas finas nas pontas. As flores são pequenas, amarelas, discretas e não apresentam importância ornamental.
Devem ser cultivadas a pleno sol, sempre na beira da água, em solo composto de terra de jardim e terra vegetal. Tolerante ao frio. Multiplica-se através da divisão das touceiras, preservando a estrutura completa da planta, com rizoma, raízes e hastes.

Cyperus papyrus

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